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Criatividade – aprende-se na escola?

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

01/03/2016 04:44:55

Gabriel Mario Rodrigues2Gabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMES e Secretário Executivo do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular
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O ambiente competitivo atual regido pela tecnologia, globalização e competição acirradas e pela extrema ênfase na relação custo-benefício, qualidade e satisfação do cliente, exige um foco muito maior na criatividade e na inovação como competência estratégica das organizações. Se essa competência estratégica não for rapidamente priorizada e incrementada, tenderá a ficar obsoletas tal é a rapidez das mudanças e da implementação de novos serviços e produtos.[1]
Antonio Carbonari Netto – matemático, educador e empreendedor –, meu amigo pessoal, sempre diz que além de ser criativa e inovadora a pessoa tem de ser empreendedora. Não adianta ter ideias e simplesmente colocá-las no papel. É preciso executá-las e torná-las reais e factíveis. Todos nós sabemos que as prateleiras e as gavetas das universidades estão repletas de projetos e de sonhos desfeitos. Sabemos ainda – e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) confirma pelas suas pesquisas – que mais de 60% dos pequenos empreendimentos não conseguem se viabilizar depois de um ano de duração. Portanto, empreender, somente, não quer dizer nada. As pessoas precisam ter visão de negócios e sensibilidade para o mercado, estar orientadas para as necessidades do cliente e focadas nos resultados. Não podem ser imediatistas, pois tudo leva sempre um bom tempo para acontecer. Precisam ser perseverantes e obstinadas pelo trabalho e se não tiverem os atributos aqui elencados, e alguns recursos para começar, o projeto não avança. Mas temos uma certeza – antes de acontecer algo, o fato gerador é sempre uma ideia e daí a importância da criatividade, pois sem ela nada acontece. O processo civilizatório sempre ocorreu com mentes criativas propondo soluções para os desafios que a natureza impõe. O fogo surgiu com a fricção de duas pedras, a panela de argila queimada como recipiente de cozinhar os alimentos, a roda para facilitar o transporte, a escrita para registrar acontecimentos e o www.com para unir as pessoas do planeta. Criar é o lampejo de uma solução e inovar é execução de uma ideia. São irmãos siameses. Não vamos, no entanto, nos ater aos passos da viabilização da ideia, que é o propósito do empreendedor, mas sim na questão da criatividade. A criança é por natureza criativa. Vive perguntando, procurando respostas e criando brinquedos que satisfaçam sua imaginação. Mas, basta entrar no sistema escolar que tudo fica restrito e engessado aos sábios de plantão que em seus gabinetes determinam o que deve ser ensinado e explicitado nas “sábias” diretrizes curriculares. O comportamento criativo – que não é necessariamente inato, embora exista em potencial em cada indivíduo – poderá ser certamente desenvolvido, aperfeiçoado, encorajado e incentivado. Esta posição encontra suporte em recentes pesquisas que revelam a tendência para aceitar a criatividade mais como função de aprendizagem do que de hereditariedade. Assim, considerando a educação como um dos processos mais diretamente responsável e determinante do desenvolvimento das pessoas e das empresas, seria inadmissível que a escola se omitisse no campo da criatividade. É claro isso serve para os dois polos – docentes e alunos. A criatividade permite que o indivíduo organize uma síntese de ideias que para ele é original; permite que o valor da coisa criada resida no seu real significado e que tal processo represente mais para a própria pessoa do que as opiniões emitidas por outros. Assim, o estímulo à criatividade traz o novo e o original para os saberes ao incluir o imprevisível, o surpreendente, o invulgar, o não racional, o não lógico ou o não razoável. A criatividade é favorecida quando respeitamos o estudante como um ser de grande valor e o incentivamos a crer em si mesmo; quando o auxiliamos na busca de sua identidade pessoal e de suas opções e quando criamos um clima de liberdade para o estudante ser não só ele mesmo como também capaz de perguntar, experimentar, propor ideias e posicionar-se. O incentivo à formulação de hipóteses extravagantes, ideias raras, e até mesmo ridículas, pode conduzir o estudante a um novo mundo. No entanto, é importante que a escola esteja aparelhada ideológica e materialmente para proporcionar técnicas, meios e ambientes de liberdade para que o estudante possa desenvolver a sua capacidade expressiva, construtiva, criadora e inventiva que conduz à aprendizagem. Nesse processo, tais condições devem estar necessariamente aliadas à capacidade do professor de atuar como incentivador, facilitador de recursos, provedor, guia e/ou treinador, para que o estudante possa ter espaço e liberdade na tomada de decisões sobre o seu próprio processo de aprendizagem e sobre os resultados obtidos. O trabalho Teaching for Criativity (Jackson, 2004) revela conselhos e ações que os professores de ensino superior devem desenvolver visando incentivar os alunos a serem criativos em uma variedade de contextos disciplinares.
  • dar aos alunos permissão para serem criativos;
  • incentivar e valorizar os seus esforços para serem criativos;
  • dar tempo para os alunos serem criativos;
  • proporcionar espaços seguros por onde possam partilhar novas experiências;
  • dar aos alunos a confiança para assumir riscos;
  • desenvolver a autoconfiança dos alunos para trabalhar em situações imprevisíveis;
  • promover o desenvolvimento da autoconsciência e aprendizagem reflexiva;
  • proporcionar situações de aprendizagem onde não há respostas certas;
  • proporcionar situações de aprendizagem do mundo real;
  • proporcionar atividades que são significativas para os participantes;
  • proporcionar situações de aprendizagem que são ao mesmo tempo divertidas e desafiadoras;
  • demonstrar a sua própria criatividade – fornecer modelos e preparar os alunos a assumirem riscos;
  • motivá-los para revelar algo de si mesmos no processo de ensino;
  • atuar como guias e facilitadores;
  • adotar uma abordagem de questionamento à aprendizagem;
  • criar oportunidades para abordagens baseadas na aprendizagem de como enfrentar desafios e problemas;
  • oferecer oportunidades para o trabalho colaborativo e a discussão em grupo;
  • incentivá-los em questões sensíveis ao equilíbrio, entre desafio e solução e liberdade e controle;
  • sensibilizar os alunos como grupo e como indivíduos e adaptar o seu ensino com às novas possibilidades que surgem.
Para resumir, o ensino para a criatividade requer do professor uma postura pedagógica – que é a do facilitador – permitindo, a realização e valorização de processos ágeis, abertos às possibilidades de criação e de colaboração bem como dos resultados. Os professores preparados para atuar nessa direção são capazes de superar todas as barreiras para criar espaços curriculares e oportunidades de aprendizagem que estimulem os alunos a desenvolver o seu potencial criativo. [1] Portaleducacao.com.br  

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